segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Caninos

Quando eu paro,
sobre meu porte
recolho toda a minha animalidade,
deslumbro teu brilho
e a observo, como um apaixonado.

A sua pose tão distante,
aquela palidez tão saudável
e o olhar profundo que me lança,
faz com que de ato
me sinta um homem
de fato, amado.

Não fosse vento,
não fosse orvalho,
grama e jasmim se quer;

fosse apenas o prazer
noturno de te ter,
prazer em te ver
e cantar pra você...

Não há estrela que entenda,
nem tempo que perdure,
é uma relação de amo:
reciprocidade da voz ao brilho.

Do meu tempo
não se há mais
o grito jovem e bradulento

- Eu me faço vento!

Você vai embora,
eu abaixo meus pêlos,
recolho minhas garras
e retorno assim... de-leito!

É o sono de um velho Lobo,
é o baile de uma eternadonzela que não cansa de Luar.

4 comentários:

Anônimo disse...

ai ai...
senti...

Homero disse...

Eu me faço vento!
E invento de querer te comentar
AMO
e
isso
é
tudo.

Anônimo disse...

Me arrepiei Lu! :)

Raquel disse...

FAUSTO?

aHEUhaeUHaeUHaeUHAeUAHUAEhUAEHa
amooo²
saudade da sua pessoa física.. rs!